No primeiro sábado do ano, Leonardo e eu fizemos um bela caminhada!
Eu ando muito sedentária! Estava recomeçando de novo e mais uma vez - rarararara - já retomei as caminhadas tantas vezes... mas voltando... estava retomando as caminhadas quando aconteceu um dos tantos imprevistos do ano de 2020...
... quebrei o dedão do pé!
Se der, outra hora explico como consegui esta façanha mas, após 3 semanas em função da fratura, finalmente tive coragem de colocar o tênis e voltar a caminhar. Fiz duas caminhadinhas aqui por perto, e sugeri para o Leonardo de irmos caminhar num lugar diferente. Sugeri alguns lugares, entre eles, a serra da Boa Vista, que fica no distrito da Barra do Ouro, aqui mesmo, em Maquiné City!
Saímos de carro do Recanto, cedo, antes das 8h. Até a Barra do Ouro leva um bom tempo, entre 30 - 45 minutos, dependendo da velocidade e do trajeto. Deixamos o carro na avenida principal da Barra do Ouro, bem pertinho do começo da estrada que leva aos municípios de Rolante e Riozinho, e que também é conhecida por serra da Boa Vista, e começamos a caminhada e subida.
O Leonardo havia pesquisado na internet, na véspera, e achava que dava uns 9 km de subida e mais 9 de descida. Como estava há muito tempo parada e ainda sentindo o pé, de vez em quando, eu não sabia se conseguiria caminhar tudo, ainda mais sendo subida, mas combinamos que iríamos até onde desse.
Foi uma subida bem tranquila! Como começamos cedo, pegamos a estrada bem sombreada ainda. Não é uma estrada movimentada, o maior movimento que teve, foi de ciclistas descendo a serra, e mesmo assim, acho que foram cinco ciclistas que passaram por nós, todos distantes uns dos outros.
Leonardo avistou uma centopeia atravessando a estrada. Nunca tinha visto uma tão grande, tive que registrar.
Em seguida, Leonardo deu uma ajudinha para que ela atravessasse a rua logo, antes que fosse atropelada.
Eu não estava cuidando tempo, nem distância para não criar expectativas.
Lá pelas tantas a estrada começou a serpentear e Leonardo conseguiu registrar muito bem este efeito!
E a paisagem da caminhada mudou um pouco, pois passamos a ver muitas pedras enormes.
E grandes paredões de pedras também!
Fiquei bem animada, pois Leonardo achava que estaríamos chegando em algum mirante, o que definiria o final da subida.
E ele estava certo! Tem um mirante!
Para chegar no tal mirante, tem que acessar uma pequena trilha no meio do mato. Não tem placa nenhuma e mal se percebe esta trilha. Só achamos o mirante porque ouvimos vozes e haviam alguns carros e motos estacionados na estradinha.
Foto do Leonardo
Acho que tinha umas dez pessoas no mirante. Para nossa sorte, a maioria devia estar num grupo só, porque saíram todos juntos. Esperamos eles saírem para evitar a aglomeração, mesmo que num local aberto e arejado. E desfrutamos de um mirante só para nós! rererere
Do mirante dá para ver o distrito de Barra do Ouro.
Foto do Leonardo
O rio Maquiné, bem baixo, diga-se de passagem...
Foto do Leonardo
A lagoa dos Quadros, a cidade de Capão da Canoa, o mar!!
E até um pedacinho do rio Maquiné lá do outro lado da BR 101, e do nosso braço morto do Maquiné. Digo nosso, porque é o mesmo que passa nos fundos da nossa casa. Impressionante a vista!
Tudo isso a pouco mais de 11 Km abaixo, e a 707 m de altitude.
Do lado oposto se vê muito verde e uma pequena queda d'água. Neste mesmo lado tem a Cascata do Escangalhado , mas não conseguimos ver dali, pois ela fica escondida numa... não sei se podemos chamar de falésia...
Apesar do solaço, a parada no mirante foi um belo prêmio!
O sol estava muito forte, chegamos lá em cima com fome e muita sede, mas felizes por termos chegado bem até o mirante, e poder desfrutar um pouco de tanta beleza!
Nesta foto feita pelo Leonardo, estou agachada e atracada num vidro com um mix de castanhas e frutas secas que o Leonardo preparou. Foi a nossa salvação!
Depois de muitas fotos, de nos hidratarmos e comermos um pouco, começamos a descida. Lá em cima ainda, comentamos se a descida seria mais fácil que a subida. Por ser uma descida, sempre parece mais fácil mas, nem sempre é, e desta vez não foi diferente.
Cá estou, em uma das curvas da serra, sonhando com uma cerveja gelada! O retorno foi mais rápido porque intercalamos caminhada com corrida. Corrida nos trechos com sol, caminhada nos trechos com sombra. Assim foi até o km 15, mais ou menos. Comecei a ficar muito cansada e muito dolorida! Começou a doer tudo, falência múltipla dos órgãos, como costumo brincar com o Leonardo, quando o cansaço começa a tomar conta de mim.
Não queria ficar olhando no celular, nem hora, nem tempo de caminhada, nem distância percorrida. Isso pode ser muito frustrante quando o cansaço é demais. Mas, uma hora não aguentei e olhei, estávamos no km 16 e alguma coisa. Fiquei feliz porque já havíamos passado da metade do percurso da volta. O cansaço era tanto, que nem foto consegui fazer. Só pensava no picolé e na cerveja gelada!
Estes são os dados do Strava do Leonardo. Vejam como a estrada serpenteia no final!
Foi a primeira caminhada do ano e a primeira indiada. :D
Num certo ponto de muito cansaço, eu perguntei para o Leonardo, "quem foi o estúpido que teve a ideia de fazer esta caminhada, heim?!" rerererere Eu mesma! Eu e minhas brilhantes ideias!
Mas não me arrependi! A pergunta foi só para descontrair um pouco, no cansaço final da descida. Fiquei muito feliz e satisfeita com a caminhada! E muito dolorida também... a caminhada foi num sábado e até segunda eu tinha dores nas pernas e não conseguia caminhar direito.
Na Barra do Ouro, paramos no único bar que estava aberto, pois já era meio-dia e no interior, tudo fecha no horário do almoço... é um bar bem de interior e com carinha de armazém, que adoro! Muita cachaça nas prateleiras!!! Será que tem quem tome tanta cachaça??? rererere
E caminhar não deixa de ser uma cachaça também! Mesmo dolorida, já estava pensando onde seria a nossa próxima indiada. O mais difícil é manter as caminhadas diárias, aqui na estradinha. É difícil porque preciso acordar bem cedo para tratar a bicharada cedo e conseguir caminhar antes do sol forte. E boa parte da estradinha tem muitas casas e muitos cães que latem e alguns, até avançam na gente. Mas, vamos lá, porque caminhar é uma das metas para o novo ano. E que seja um novo ano mesmo! Com vacina! Com saúde! Com caminhadas! Com pedaladas! Com remadas! Com aglomerações! Com muitos abraços! E tudo de bom que não conseguimos fazer no ano que passou!
Feliz novo ano para todos nós!