sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Um Projeto Por Mês - Capa da Tostadeira e Castrações


Chegou a última sexta-feira do mês e com ela, a hora de mostrar o que fizemos para desentralhar nossos baús de trabalhos inacabados ou de projetos engavetados.
Quem criou este projeto maravilhoso foi a Bruxa desta caverna chamada Poções de Arte.
 O meu projeto do mês não é o que eu havia planejado e não saiu do meu baú dos trabalhos inacabados e sim, dos projetos que planejamos fazer um dia... no meu caso, eu planejava fazer há quase um ano, quando ganhei a tostadeira de mamis e papis: uma capa para a tostadeira.
 O tecido que utilizei sim, saiu do baú. Eu não lembro como este tecido caiu nas minhas mãos, mas tô desconfiada que veio de doações para algum dos brechós que organizamos em prol dos animais abandonados. Encontrei ele na mudança, é um monte de tecido! Lavei e guardei para usar mais adiante. Apesar de não ser uma belezura de tecido, pensei em fazer as capas da tostadeira e da panificadora com ele e ainda assim, vai sobrar tecido.
Como sou muito pouca-prática na costura, achei melhor aproveitar este tecido velhinho para não estragar um novo. rerere
Por favor, prometam que não irão rolar de rir da minha capa...
Tadinha! Ficou toda tortinha em cima! 
Não houve jeito de eu conseguir fazer este acabamento melhor. Quero desmanchar e refazer, pois, está parecendo a Frankstein das capas. Mesmo assim, gostei dela... querida da minha capinha tortinha! Ainda não arrisquei fazer a capa da panificadora, quero primeiro acertar esta.
Já riram bastante? Tá bom, sem problemas! Já que o projeto "artístico" não ficou lá essas coisas,  vou tentar recuperar minha moral apresentando o meu projeto social, que na verdade, não foi feito este mês, mas com a ajuda de vários amigos, tenho realizado ele há anos, o Projeto Castracãoegato.
Com a minha mudança para o interior, o projeto está um pouco devagar mas não parado, muito menos extinto. O Projeto foi criado em 2007 e com a ajuda/doações de uma amiga que não quer ser identificada, já conseguimos castrar até 50 cães e gatos em um mês. A divulgação era feita no meu outro blog, o Adote um Focinho
Como eu morava na entrada de uma vila pobre em Porto Alegre, no começo, entrávamos na vila catando cadelas e gatas pelas ruas e casas. A gente conversava com os donos, orientava sobre os beneficíos da castração, jejum e pós-operatório, agendava, levava para a clínica e trazia de volta para a casa. A aceitação dos moradores foi tanta, que não precisei mais entrar na vila, pois as pessoas passaram a bater no portão da minha casa para agendar castração para os seus bichinhos. 
Com as doações desta mesma amiga, continuo encaminhando, num ritmo bem mais lento, alguns bichinhos para esterilização em Porto Alegre.
Os dois últimos beneficiados foram as figurinhas abaixo.
O Klaus, um ex-cão de rua que agora aguarda adoção hospedado num lar temporário custeado por sua madrinha Cris.
E a Belinha, uma das "fila-bóia" da minha mãe. Eu vim embora mas a minha mãe continuou alimentando os cães da rua como eu fazia. Também mantém um pote com água para eles, que vêm lá de baixo da vila, para tomar a água que a mãe mantém sempre limpa e fresquinha na calçada. 
Na foto acima estão meus pais com a Belinha, que tem dono, mas anda solta e tem fome e sede como tantos outros da vila.
Castrar é um ato de amor e a melhor maneira de evitarmos que haja cada vez mais animais abandonados.

Então é isso! Prometendo tentar melhorar nos dois setores: artístico, desentralhando mais o baú e melhorando a qualidade dos trabalhos, e social, encaminhando mais bichinhos para esterilização, encerro aqui a minha participação este mês. 
Quem quiser entrar nesta brincadeira deliciosa da Bruxa, é só ver as regrinhas aqui
Quer ver meus outros projetos realizados? Clica aqui.
E para ver os projetos dos outros participantes, é só ficar de olho aqui na postagem, que irei atualizando os links.
Um beijo e um excelente final de semana a todos!


quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Um novo amigo no Recanto

 Semana passada a cachorrada descobriu o sr. Ouriço na taquareira, que fica junto a área de serviço da casinha. Ele já apareceu em outras ocasiões mas agora, tenho visto ele diariamente. Uma das cachorras, a Paçoca foi quem descobriu ele na taquareira e no jambolão, em frente ao galpão daí, ficam todos latindo embaixo da árvore. No sábado, já estava escurecendo quando a Paçoca descobriu ele passando de uma árvore para outra, mas por um galhinho tão fino, mas tão fino, que me desesperei achando que ele ia cair.
Peguei a vassoura e fiquei embaixo, tentando manter a cachorrada afastada (imagino que deve ter sido uma cena muito cômica e patética). Ainda bem, que ele passou senão, não sei o que seria de todos nós. O coitado do sr. Ouriço porque são muitos cães, os cães porque ficariam tomados de espinhos, com certeza, e eu, porque sofreria pelos dois, cães e ouriço. 
 Eis que, desde segunda, tenho visto o sr. Ouriço nos galhos do jambolão, onde fica o dia todo até escurecer. Acho que passa o dia dormindo e ao escurecer, vai passear, passando por cima do galpão e tomando o rumo da taquareira e outras árvores que têm atrás do galpão.
Tenho colocado mamão todos os dias em cima do galpão, bem pertinho do jambolão, e acho que ele tem aceitado, pois de manhã cedo não tem nenhum sinal de mamão por ali. 
Dias desses coloquei umas cenouras bem pequenas, abobrinha e umas folhinhas de alface. Só faltou ele tocar as cenouras na minha cabeça!  
 Pesquisei para saber mais sobre eles, que "são arborícolas, de mata, andando nos galhos das árvores com lentidão, segurança e habilidade. Pode ser vistos durante o dia e à noite, mas o mais comum é encontrá-los nas horas de crepúsculo e à noite. São pobres de visão, mas ouvem bem e o olfato é muito sensível. Alimentam-se de frutos e folhas." Encontrei estas informações num livrinho da biblioteca do Leonardo, "Mamíferos Silvestres - Rio Grande do Sul", da Fundação Zoobotânica do RS, a mesma que nosso "querido" governador está querendo extinguir.
Não encontrei muita coisa  na internet, por mais incrível que pareça! Na internet, acho que na Wikipédia, falam que por serem muito lentos, são vítimas frequentes de atropelamentos. Que tristeza!
Esta foto está desfocada mas peguei ele de frente. Olhem o focinho, que grandão! E dá pra ver direitinho, a patinha agarradinha no galho. 
Fiquei tão feliz vendo que ele consegue conviver aqui. Infelizmente, trazendo a cachorrada para cá, eu interfiro demais no ambiente natural, ainda mais, que tive que cercar toda a área. Por isto que digo que o ser-humano é uma praga, inclusive eu! A gente interfere demais no ambiente natural! Antes do cercamento e da cachorrada ter vindo, tínhamos preás aqui, mas nunca mais as vi. E os lagartos também sumiram. É uma escolha cruel, mas eu não tinha muita opção, por isso, a minha felicidade em ver um mamífero silvestre morando aqui.
Estas duas últimas fotos e o vídeo foram feitos hoje cedo. O vídeo é bem rápido mas achei legal ver ele se coçando. 
Seja bem-vindo sr. Ouriço! Espero que tenhamos uma convivência longa e tranquila!


segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Curso de Construção de Cisternas

 Leonardo e eu participamos de um curso organizado por uma ONG aqui de Maquiné, a ANAMA - Ação Nascente Maquiné.
 O curso foi na sede da ANAMA, que está em construção, e foram construídas duas cisternas de ferrocimento. 
 A cisterna consiste numa armação de arame e tela de pinteiro.
 A armação de arame é enrolada e colocada em cima de um fundo acimentado.
Fiquei o dia todo sem sensibilidade nos dedos, de tanto enrolar arame!



 A armação de arame e tela é coberta por argamassa.
 A tampa da cisterna é feita da mesma forma, estrutura de arame e tela e coberta por argamassa.

 Esta cisterna foi feita na primeira oficina, que Leonardo e eu não participamos.
 Na segunda oficina foi feita a armação da segunda cisterna e a tampa da primeira.
 Não deu tempo de colocar a argamassa, mas deu para aprender um pouco mais sobre cisternas e concluir que, aqui no Recanto não teremos uma cisterna de ferrocimento!
 Dá muito trabalho e só num esquema de mutirão para construir cisternas como estas. No Recanto faremos cisternas mais caseiras e modestas. 
Fomos de bicicleta, a sede da ANAMA fica uns 8 km do Recanto.Voltamos margeando o rio Maquiné, até a BR 101, para curtir um pouco mais aquele fim de dia e pensar sobre o quanto de água temos disponível no nosso país e na necessidade de ter cisternas em casa.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Pedal de domingo em Praia Grande - SC; em busca da "Mãe dos Homens"

Serra do Faxinal

 A convite dos amigos Maria Helena e Trieste, no domingo, Leonardo eu fomos pedalar em Praia Grande - SC. A ideia era descer a Serra do Faxinal e pedalar até o vale da Mãe dos Homens, mas a Serra estava completamente fechada pela neblina então, decidimos pedalar apenas até o vale.
Maria Helena e Trieste no comecinho da pedalada.

Fiquei bem empolgada com a possibilidade de fazer um pedalzinho maior, já que estou totalmente sedentária. Nos "bons tempos", Leonardo e eu subimos a Serra do Faxinal na companhia do amigo e atleta Evânder. Para dizer a verdade, eles subiram pedalando e eu, empurrando a bicicleta. Mesmo assim, eu simplesmente, adorei aqueles três dias de pedalada! Quem quiser dar uma olhada nas postagens e conferir as imagens, é só clicar aqui.
Para a minha tristeza, o dia amanheceu chuvoso e achei que não íamos pedalar, mas Leonardo está sempre disposto e não cogitou esta possibilidade, o que atiçou a minha "ira", pois apesar do meu desejo por aquele passeio, não queria fazê-lo com chuva, dor de garganta e dor de ouvido, que me acompanhavam há dias.
Como Maria Helena e Trieste já estavam em Torres, não quis ser eu, a desmancha prazer, e jogar mais água fria no passeio. E lá fomos nós para Praia Grande, município catarinense, que não tem praia e nem é grande, mas fica perto de Torres e é conhecida pela "cidade dos canyons", pois ao seu redor estão, nada mais, nada menos que os canyons Itaimbezinho, Malacara, Fortaleza e Churriado.
Um Martim Pescador

Chegamos no topo da Serra do Faxinal sem chuva, mas com muita cerração e o piso muito molhado. Também chegamos tarde, já era quase meio-dia, então, decidimos abortar a decida da Serra e pedalar apenas na parte baixa, em busca do Vale da Mãe dos Homens.
Por incrível que pareça, ainda não havia chovido na cidade e a pedalada começou maravilhosamente bem, pois a estrada era plana, tranquila e com um cenário encantador!
Eu estava curiosa para conhecer o tal "Mãe dos Homens"!
O tempo seguia fechado, mas sem chuva. Ótimo para pedalar!

Pedalamos o tempo todo ao lado do rio Mampituba, ora mais afastado, ora bem ao lado da estrada.
Pausa para um lanchinho numa ponte.
E eu que achava que a tal Mãe dos Homens ficava mais perto...
Não resisto a registrar a bicharada.
Patos de um lado...
Patos do outro lado...
Parecia uma conferência de patos.
E o rio continuava ao lado da estrada, mas nós passamos a vê-lo do alto, ou seja, estávamos subindo.
Este, é o mesmo rio que vai sair no mar de Torres.
Leonardo foi conferir se a ponte era segura.
Depois da parada nesta ponte, Maria Helena pensou em pedalar de volta para os carros, pois estava começando a cansar.
Como ela achava que o Trieste teria que resgatá-la no meio do caminho, sugeri que ela pedalasse até o final, já que seria resgatada de carro, de qualquer forma.
Foi o que ela fez.
Mas a partir deste momento, a pedalada até então "tranquila", ficou muito cansativa com muitas subidas!
O rio ficou pequenininho lá embaixo!
Maria Helena, Trieste e eu passamos a praticar outra modalidade, o empurra-bike.
Aí, eu concluí que também precisaria ser resgatada.
Chegamos numa ponte onde a água passava por cima dela.
Parece que ali é o tal Vale Mãe dos Homens, mas eu fiquei tão compenetrada atravessando a ponte, cuidando para não me molhar, que esqueci de olhar para o vale.
Leonardo atravessou com toda calma, olhando para os lados.
Em seguida, a estradinha acaba numa escola com um campo, na beira do rio. Fizemos mais um rápido lanche ali. Leonardo e Trieste subiram nas bicicletas em seguida, e trataram de pegar o caminho de volta até os carros.
Maria Helena e eu não nos demoramos e também tratamos de voltar a pedalar. Eu realmente achava que não conseguiria enfrentar todas aquelas subidas, mas a conversa com a Maria Helena estava tão boa, que nem percebi quando chegamos naquela ponte onde fizemos o primeiro lanche e vimos os carros chegando para o nosso resgate. Pelo ciclo-computador da Maria Helena, dos 18 km pedalados na ida, ainda pedalamos 10 km na volta, até a chegada dos carros.
Acabamos o dia comendo uma pizza em Maquiné. Eu não conseguia nem dobrar o joelho direito, que passou a doer durante a pedalada, mas não me arrependi de ter saído de casa com chuva e contrariada. Ainda bem que o Leonardo insistiu na pedalada senão, não teríamos aproveitado tão bem o domingo!