sábado, 31 de dezembro de 2016

Que venha 2017!

(imagem da internet-facebook)

Há muitos anos que perdi a vontade de comemorar novos anos nas viradas. Com a entrada dos cães na nossas vidas, percebemos o quanto o ser-humano perdeu a noção da consideração, do respeito e da paz de espírito. Por que tem que ter fogos? Por que não se pode comemorar qualquer coisa, sem barulho?
Leonardo está de plantão este ano, e eu estou com a bicharada no Recanto. São 21h09 agora, e fechei toda a casa, tem cachorro espalhado por toda as peças ( 3 peças, uma casa enorme!!) :), assustados, alguns com faixas enroladas no corpo, ventilador ligado e o som bem alto, para ver se esconde um pouco, os estouros que vêm da rua.
 De tarde já estavam soltando foguetes e eu tive companhia, até na hora do xixi... 
 O Dunga, que nunca entra dentro de casa, adora dormir na grama, invadiu a casa sem convite e sem cerimônia e se acomodou na frente do roupeiro. Está lá, há duas horas!
O Tombo é o mais chatinho porque ele late quando acontecem os estouros. Enrolei um pedacinho de faixa pra ver se funcionava e deu uma leve acalmada mesmo.
Agora já são 22h06. Interrompi a postagem para falar com a tia Elke, que ligou, e com a "cumadre" Fabíola pelo Whats, e ver a minha lentilha que tá no fogo e abrir o espumante. Consegui abrir o espumante sozinha!!!
E vejam quem brindou comigo! A Piq Piq, claro!!!
Apesar de não curtir as comemorações da virada, pelos motivos acima citados, mantenho a esperança, ainda que pequena, por um mundo melhor.  Um mundo onde haja respeito pelas diferenças, respeito por todas as formas de vida, tolerância e muito bom humor!
2016 não foi um ano fácil mas, apesar de tudo, não me permito dizer que foi um ano ruim. Houveram perdas mas, muita coisa boa aconteceu, também. E são nessas coisas boas que devemos nos agarrar para mantermos a esperança sempre viva!
Obrigada 2016, por tudo de bom que trouxeste!
Que venha 2017, com uma dose dupla de tudo de bom!
Feliz 2017 a todos!!!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

E ele se foi...

Meu sogro cansou de lutar contra o Alzheimer e todas as complicações que vêm com esta doença.
 Baixei estas fotos e fiquei um bom tempo pensando o que escrever.
Poderia transcrever aqui, todas as manifestações que os alunos do professor Egon e amigos de longa data, publicaram em comentários no Facebook. 
 Todos diziam, de um jeito ou de outro, que ele foi um professor dedicado e inovador, uma pessoa extremamente bondosa, filosófico, amante da natureza e dos esportes.
Fico feliz por ter feito parte de um pedacinho da vida desta pessoa.
Fico feliz e orgulhosa por ter sido recebida com tanto carinho para fazer parte da família dele.
Abaixo, trechos do livro "Quem, eu?", escrito por um neto, Fernando Aguzzoli, que largou tudo para cuidar da vó com Alzheimer. Eu recomendo a leitura, principalmente, para quem tem familiares com a doença.
"... uma vida não é medida por coisas boas ou ruins que fazemos, mas por quantas pessoas atingimos e quantas multiplicam essas atitudes."
"A resposta para superar a morte não está na morte, isso seria muito óbvio. Está na vida.
Nós passamos boa parte da vida aprendendo a lidar com pessoas diferentes, tentando da melhor forma possível conviver, suportar e em alguns casos amar... Porém passamos o restante da vida tentando superar a perda e a ausência dessas mesmas pessoas por quem fomos cativados. O que talvez não enxerguemos é que esse é um trabalho contínuo e inicia muito antes do que imaginamos. Começamos a superar a perda  no momento em que olhamos para essas pessoas pela primeira vez, o que torna a vida toda uma grande superação.
Nossa essência consiste em permitir que pessoas embarquem e desembarquem da nossa vida enquanto seguimos um determinado caminho. Alguns descem antes e outros ficam até o final da viagem, mas o nosso erro está em supervalorizar esses momentos de partida, e não a viagem em si.
Quando eu ficava horas vendo a minha vó tricotar na poltrona, eu já estava superando sua perda e nem sabia. Quando eu ia à padaria comprar aquilo que ela mais gostava para o lanche da tarde, eu estava superando a perda. Quando passávamos a tarde vestindo fraldas  e rindo, eu estava superando a perda. No fim das contas, quando tudo aconteceu, eu já havia superado a sua perda.
 O que eu quero lhe dizer é: a vida junto com essas pessoas tem muito mais valor que o momento de suas partidas. Não é este último segundo que define toda jornada, é a forma como decidimos viver dentro desse relacionamento que define o quão bem ficaremos após a sua partida."
E a frase "saudades eternas" nunca fez tanto sentido para mim, como agora.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Segunda Natalina - Enfeites em MDF

E chegou a última semana da Segunda Natalina, a blogagem coletiva criada pela Michelle, do blog Decoração e Invenção, uma brincadeira que conheci no ano passado participando de algumas semanas, e esperei ansiosamente, este ano, Dediquei uma pastinha no Pinterest, só para a Segunda Natalina, onde, ao longo do ano, fui adicionando inspirações para fazer e apresentar, quando chegasse a hora. A hora chegou, não consegui fazer tudo o que queria mas, fiquei feliz com o que fiz, principalmente, pela Guirlanda com rolos de papel higiênico e com o reaproveitamento das lâmpadas, duas coisas que desejava fazer há muuuito tempo e consegui finalizar aqui, na Segunda Natalina deste ano.
Esta semana foi uma correria só! Além de um probleminha de saúde meu, o sogro piorou muito! Infelizmente, os médicos avisaram que ele não está nada bem e não tem muito o que fazer, só esperar. :(
Com tudo isso, não consegui preparar nada para hoje e resolvi apresentar os mimos que a sogra me presentou. 
Enfeites em MDF 
 Pendurei alguns na janela, como a sogra faz na casa dela.
 Acho, que não tem maior demonstração de carinho, quando alguém compra alguma coisa, dizendo que viu determinada coisa e lembro da gente. Foi o que a sogra fez, quando viu estes enfeites nas banquinhas da praça de Nova Petrópolis, diz que lembrou de mim, achou que eu ia gostar e comprou vários, uma mais lindo que o outro!
Com o atropelo dos últimos acontecimentos, não pintei os enfeites e nem sei se pintarei todos, talvez, a guirlanda e um ou outro mas, acho que deixarei alguns assim mesmo, ao a natural.
 De noite...
 Adorei participar da Segunda Natalina, mais uma vez! Obrigada Michelle! Ano que vem estaremos aqui novamente. Antes, tem a Páscoa... sim, já estou pensando na Páscoa. :)
Um Feliz Natal a todos!

Michelle com Presépio na Latinha

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Segunda Natalina - Lâmpadas recicladas para o Natal

E chegamos na penúltima Segunda Natalina deste ano, a BC que a Michelle, do blog Decoração e Invenção, criou para colocarmos nossa criatividade em prática e compartilharmos inspirações. Não consegui realizar todos os projetinhos que havia pensado em fazer mas, estou muito feliz com este, de hoje, que queria ter feito para a outra BC que participo, da nossa querida Bruxinha, o Um Projeto por Mês, porque ele estava engavetado há anos!!!
Há anos mesmo, gente, desde que morava em Porto Alegre! Lá, eu já escondia, vocês sabe de quem, :)  algumas lâmpadas queimadas e, assim como foi com os rolinhos de papel higiênico, as lâmpadas estavam escondidas em diferentes caixas e gavetas.
Muitas vezes, o Leonardo se oferece gentilmente, para ajudar a arrumar minhas bagunças e eu grito,  nada gentilmente e imediatamente, "nããão!!!". Imagina, se ele vê tudo o que eu guardo??? Vai chamar uma caçamba para recolher meus preciosos guardados, que pra ele não passam de lixo.
Pois vamos ver o que foi que eu fiz com este lixo...
Comecei pintando as lâmpadas.
Eu tinha visto a foto acima na internet, há anos, nem tinha Pinterest, ainda. Mas, encontrei esta mesma foto agora, no Pinterest, claro!
E mais esta.
E mais esta! Amei!
 Confesso, que quase desisti e coloquei as lâmpadas fora. Comecei a pintá-las para a BC da Bruxinha mas, as pinturas não estavam ficando bonitas, a tinta de algumas estava enrugando. Com a dificuldade em pintar o fundo, achei que não ia conseguir fazer os detalhes das carinhas e, quase desisti.
 Mas, tentando arrumar a casa esta semana, achei as lâmpadas numa caixa, umas pintadas, outras não. Tinha que dar um jeito nelas, Ou as guardava por mais alguns anos, do jeito que estavam, ou jogava fora, ou tentava terminar o que havia começado. 
E escolhi a terceira opção! E me empolguei!
 E estou apaixonada pelas minhas novas lâmpadinhas!!!
 Claro, que não ficaram perfeitas mas, fiquei muito feliz porque achava que não conseguiria fazer, principalmente o "lâmpachorro" e estou "in love" com ele!
 O urso polar e os pinguins azuis, não ficaram parecidos mas, perdi tanto tempo confeccionando as toquinhas deles, que decidi deixá-los sem patinhas e orelhinhas e os outros detalhes que me tomariam muito tempo.
Também queria ter pendurado eles numa árvore, na rua mas, como dá pra ver na foto acima, a cola nas toquinhas não secaram, ainda, e hoje tem vento aqui então, não ia arriscar quebrar um dos enfeites para a minha futura árvore. Futura porque,como já comentei com algumas participantes da brincadeira, não monto árvores de Natal há anos. Não montava em Porto Alegre por causa dos gatos e agora, que os pobrezinhos dos gatos foram expulsos do paraíso, a casa é muito pequena. Mas me aguardem! Para o ano que vem, terei a árvore dos meus sonhos, com enfeites que já tenho e com outros, que pretendo fazer, como as minhas amadas lâmpadinhas. 
Espero que tenham gostado do meu projeto da vez! Eu gostei! ririririri
Gente, acho que ainda estou devendo umas visitas no projeto da semana passada... me desculpem! Colocarei tudo em dia esta semana, ok?! E agora, vamos que vamos, conferir os projetos da semana?

Michelle com Detalhes para a mesa de Natal
Bruxa com Comidas
Eliane com Arranjo de Mesa
Jussara com Decoração Natalina com Garrafa de Vinho

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

A realização de um sonho. Parte 1

Esta postagem vai ter "figurinha" mas vai ter um longo texto, também, pois, não tem como contar o sonho, sem explicar como aconteceu, como eu senti e estou sentindo ele se realizar.
Te convido a sentar e tomar um chá, um café ou um chimarrão, enquanto lê com calma, sobre este período tão marcante da minha vida. 

Tudo começou no dia em que esta foto foi tirada, dia 26 de maio. 
Há alguns meses, lá pelo final de maio, eu havia comentado numa postagem que o nosso ano seria dividido em AR (Antes da Remada) e DR (Depois da Remada), me referindo a Remada de Inverno, que Leonardo e eu organizamos há 6 anos, no solstício de Inverno. Realmente, foi o que aconteceu e digo agora, que não foi apenas o ano que sofreu esta divisão e sim, a minha vida pois, no final da Remada de Inverno, dia 26 de junho, após mais um excelente final de semana de remada e acampamento, um acidente estúpido tirou a vida de um grande amigo, o Trieste.
Foi um choque, perder alguém tão querido e tão próximo, com quem tínhamos encontros marcados para os próximos finais de semana, com quem tínhamos tantos planos de remadas, pedaladas, viagens e com quem compartilhávamos tantos sonhos. 
E este fato tão marcante e tão triste na minha vida, aconteceu no mesmo período em que Leonardo e eu estávamos prestes a realizar um sonho, que já havíamos compartilhado com o Trieste e a Maria Helena mas, que só deu tempo dele me dizer, que estava muito feliz por nós!
Na verdade, foi a Stella quem compartilhou a novidade, contando para eles. Eu só tinha comentado com a Maria Helena, que tinha uma novidade mas, que só contaria no sábado. Ela ainda fez aquele "ahhh..." e eu respondi,"não tô grávida!". Ela riu, pois tinha pensado, exatamente aquilo. Eu havia me programado para contar a novidade no sábado mas, na sexta-feira eles jantaram em Porto Alegre, com a Stella, o Guilherme e outros remadores que vieram de outros estados e lá, a Stella contou a novidade. 
Chegando para a Remada de Inverno, no sábado bem cedinho, uma das primeiras coisas que Trieste me falou foi "já tô sabendo da novidade! Estamos muito felizes por vocês!". Infelizmente, não deu tempo de conversarmos mais sobre a tal novidade. Ainda bem que a Stella contou!
Voltando para o dia 26 de maio, quando Leonardo e eu remamos no Rio Araranguá, com Maria Helena, Trieste e Demathé. Mal sabia eu, que aquela seria a última remada que faria com meu amigo, e mal sabia eu, que meus pais foram até Araranguá, em Santa Catarina, cidade natal da  minha mãe, para nos oferecer um presente. 
Eu os havia convidado para aparecerem por lá, pois estavam em Torres, que não é tão longe, e achei que a mãe gostaria de visitar a terrinha dela. O pai adora uma estrada; acompanhar um final de remada seria apenas uma boa desculpa para passear. Eles foram mas, com uma segunda intenção, que era oferecer um presente para Leonardo e eu, e o presente era, nada mais, nada menos, do que uma casa nova no Recanto, uma casinha nova na parte alta do Recanto, onde pensamos em construir desde que adquirimos a área mas, por falta de verbas, fizemos, apenas, uma pequena reforma na casinha que já existia no sítio e deixamos para realizar o sonho, quando desse.

Levei um baita susto com a oferta e, depois de muita conversa e muito choro, aceitamos o presente. Como estávamos perto da Remada de Inverno, pedi que deixássemos o começo das obras para DR - Depois da Remada de Inverno. 
Neste meio tempo, Leonardo começou a limpar a área onde ficaria a nova casa, já que deixamos que as vassouras tomassem conta do terreno. Vassouras são arbustos que formam uma floresta primária, são compridas e finas, se quebrando facilmente. As abelhas adoram, mas não duram muito. Cresce rápido, secam, quebram e sempre tem novas mudas perto.
Deu um bocado de trabalho limpar esta área! 
Marcamos onde ficaria a casa, mais ou menos.  
A Remada de Inverno aconteceu, o acidente também, e um desânimo tomou conta de mim. A vontade de fazer qualquer coisa é zero! Como tocar a vida adiante, sabendo que nunca mais vamos encontrar aquela pessoa? E os encontros que havíamos marcado? E o almoço, que eu já havia imaginado com meus pais e meus amigos queridos, na casa nova, que nem sequer havia saído do chão? Mas como fazer a casa sair do chão, como viver uma felicidade tão grande, junto com uma tristeza tão dolorida?
Não tenho uma resposta para isso. As coisas vão acontecendo. A vida segue e a gente não pode parar e nem podemos pois, precisamos dar todo o apoio para a Maria Helena. A gente segue se arrastando mas, tem que seguir, então, chamamos a patrola para aplainar a área onde "nascerá" uma casa, na parte mais alta do Recanto.
Enquanto a patrola desenterrava uma pedreira, eu chorava e fotografava.
O terreno se transformava numa confusão de terra e pedras, assim como, dentro da mim, era uma confusão de sentimentos.

Me desculpem se eu estiver parecendo um tanto melodramática mas era isso mesmo que estava acontecendo. 
Eu levei um susto com o estado que ficou o terreno, com um monte de pedras para fora, o que só aumentou o meu desânimo.
Mas a área estava ficando planinha!
E começaram a chegar os materiais para a construção.
E a cachorrada fiscalizando tudo! E foi assim que começou a realização do nosso sonho, que está quase pronto. Não tive ânimo para fazer a postagem antes mas, nada como dar tempo ao tempo. Nada como uma obra em casa para a gente não ficar parado, as coisas vão acontecendo, a gente tem que correr atrás e não pode deixar a peteca cair. 
A Maria Helena é uma das poucas pessoas que sabiam que estávamos construindo, aliás, a obra nos ajudou a mudar o foco da tristeza, da ausência do Trieste. Ela mesma, sempre pedia para mandarmos fotos e assim o fizemos. 
Algumas pessoas que conheciam o Recanto, vieram aqui novamente, sem saber da construção e quase seguiram pela estrada, achando que não era a entrada do Recanto, que não tinha nada na frente e agora, tem uma bela casinha crescendo.
Peço desculpas, mais uma vez, se a postagem ficou muito dramática. Não é o meu estilo e não queria que ficasse assim mas, quis explicar o que realmente aconteceu e passou pela minha cabeça. Isso, que não escrevi, contando os meus pensamentos em busca dos porquês das coisas. Tanta coisa que passa pela cabeça da gente numa hora dessas... mas é claro, que vou poupá-los disso. rerererere
Se já me empolgo escrevendo sobre um gafanhoto, imagina o que sairia, se tentasse passar todos os meus pensamentos para o papel. Quer dizer, para o teclado. 
Bom, por enquanto é isso, pessoal! (alguém lembrou do Pernalonga, agora?) :) As próximas postagens sobre a casa nova deverá ter mais fotos (figurinhas), do que texto. Tenho que ser rápida, pois a casa já está quase pronta! Só queria que ficassem por dentro de tudo o que envolveu este sonho que está se realizando. 
E fiquem de olho porque tem foto bacana, pra caramba!!!!