domingo, 29 de abril de 2012

Como fazer um remo groenlandês (passo a passo)

Primeiramente pega-se uma tábua, mede e corta, viu Trumbico?
"Isso é barbada!"
 Calma, Trumbico! Não é tão simples assim. Vamos precisar de ajuda, onde estão os ajudantes? Merengue?
ZZZZZZZZZZZZZZZZZZ
 Eu não tava dormindo, só tava descansando os olhos!

Merengue, sua dorminhoca! Ou me ajuda ou corto-lhe a cabeça!
 Chama outros ajudantes que é mais fácil. Pinheirinho e Brigitte já estão a postos! Ou estariam se escondendo?
 Vamos medir e marcar aqui.
Fica assim.
 Corta-se aqui.
Ei, o que é isso? Tá nevando?
Ô Leonardo, dá pra parar de jogar sujeira em cima dos outros,faz favor?
 Não se pode nem descansar sossegado nesta casa.
 O próximo passo é fatiar a tábua.
Ixiii...essa história de fatiar a madeira não vai dar boa coisa.

E agora, a pior parte: lixar!
Vou procurar um lugar mais silencioso para dormir.
Lixar!
Joãozinho diz "me avisem quando acabar essa função de lixar".
E Esquálidus, em cima da mesa: "e eu quero ver quem é que vai limpar essa sujeirada."
Pronto!
Pode acordar Joãozinho!
Agora vamos testar o remo.
Sobrou pra mim! Alguém me tira daqui! Cadê meu remo?

A flor que muda de cor

Já falei sobre esta flor aqui no blog, em maio de 2010, nesta postagem aqui. 
Aconteceu um acidente com a planta, numa limpeza do pátio, cortaram o pé que estava grande e lindo. Por sorte, consegui uma mudinha e plantei no jardim da mãe, que não pega muito sol e só agora ela deu flor. 
A mãe ainda não tinha visto a flor e nem o fenômeno da mudança da cor. Quando amanheceu e a mãe viu a flor branca, ela já fez uma festa, pois achava que não daria flor. Falei pra ela "então cuida só, como ela vai mudar de cor no final do dia". Eu estava na rua de tarde quando recebi um torpedo da mãe anunciando a mudança de cor, a mãe era só alegria com essa flor. Pediu que o Leonardo forografasse. Pelo que minha sogra encontrou numa enciclópedia, o nome dela é Malva e pelo que encontrei numa calçada esta semana, a planta vira uma árvorezinha.
A flor abre branca de manhã e durante o dia vai ficando lilás até um rosa bem forte. Fecha de noite e abre lilás no outro dia. É muito linda! Eis as fotos tiradas pelo Leonardo.




sexta-feira, 20 de abril de 2012

O Recanto em abril

Em março completou 1 ano que adquirimos o Recanto do Maquiné e muito pouco conseguimos fazer até agora, pois não conseguimos ficar por lá, tanto tempo como gostaríamos. Depois do mato quase ter tomado conta do Recanto no verão, voltamos na semana passada para aproveitar um pouco aquele lugar maravilhoso.
Leonardo, Tombinho e eu estivemos lá no começo de março quando os pais do Leonardo passaram um dia conosco. Depois ainda voltaram sozinhos mais duas vezes, enquanto Leonardo e eu só retornamos na semana passada. O sogro conseguiu aparar bastante a grama e mesmo assim, ainda tem muito o que fazer e aparar de novo o que foi cortado em março.
Comentei com o Leonardo que na próxima vez em que fôssemos no Recanto, a Brigitte iria junto. Abre parênteses: Brigitte é o meu paninho de chão encardido, uma cachorrinha que encontrei na rua em 2004. Ela é bem peludinha e se não toma banho seguido fica parecendo um pano de chão encardido. Apesar do Trumbico andar pra cima e pra baixo conosco, a Bibi e o Pinheirinho são os meus grandes amores. Logo que der, eles estarão nos acompanhando nas viagens também. Eles ficam muito tristes quando saímos, a Bibi nem come e quando estamos carregando o carro para sair, ela vira de costas para nós e não atende quando a chamamos. Faz um bicão daqueles! Amada! Fecha parênteses! Brigitte, meu paninho de chão!
E não foi desta vez que consegui levar a Brigitte para conhecer Maquiné. Uma semana antes da Páscoa, largaram 4 cães aqui em casa e um deles é uma cadela cega. Ela está se recuperando de uma cirurgia de retirada de uma hérnia e por ser cegueta e não estar acostumada com a casa ainda, precisa de mais atenção então, acabamos levando a "Véia que não é véia", como a chamamos ou Kin, abreviatura de kinder ovo, pois suspeitou-se que estivesse grávida assim que chegou, mas não estava. Ufa!
Decidimos levá-la mas eu estava um tanto receosa por ter tomado esta decisão pois não sabia como a Kin iria se comportar na viagem e lá no Recanto, que não está cercado. Aqui em casa, nunca demontrou querer ir muito longe, pelo contrário, se mostrou uma cadela muito tranquila, convivendo muito bem com os gatos e dormindo a maior parte do tempo, mas essa é uma impressão muito precipitada, pois ela estava se recuperando de um choque (foi atacada por dois cães bem maiores que ela) e de uma cirurgia.
Acontece que ela se comportou bem demais! Ficou quietinha durante toda a viagem, não vomitou, nem parecia que tinha outro cachorro no carro. E no Recanto, sentiu-se em casa. Adorou tanto sol e tanta grama! Não ia longe sozinha, só se a chamássemos, aí ia nos seguindo pelo faro e pelo barulho dos nossos pés. As vezes se perdia no meio do mato alto, mas era só chamá-la que ela encontrava o rumo de volta e poucas vezes tivemos que pegá-la no colo por não conseguir nos seguir. Nota 10 para a Kin!
Tombinho e a Kin no Recanto.
Na nossa primeira manhã por lá, o Recanto foi invadido pelos quatro porcos do vizinho. Tombinho ficou maluco, tive que prendê-lo dentro de casa para que não machucasse os porcos ou que os porcos não o machucassem. A Kin ficou bem desnorteada, acho que ela sentia o cheiro mas não enxergava e quando um deles passava perto dela, ela pulava assustada e latindo. Tadinha! Mas que foi divertido, isso foi!Os porcos ficaram um bom tempo por lá e sumiram. De tarde o caseiro do vizinho veio procurá-los o que proporcionou mais alguns momentos engraçados.
De tarde também, nós quatro (Tombinho, Kin, Leonardo e eu) fomos até a cidade comprar algumas coisas no supermercado e uma tesoura para cortar grama, pois eu achei que poderia aparar a grama na frente da casa com a tesoura. Cheguei a acordar de noite pensando que poderia cortar a grama do valo também, caso conseguisse cortar toda a frente da casa... que ilusão!
De noite assistimos um pouco de televisão depois da janta e dormimos cedo, como a vida no interior pede.

No canto esquerdo da foto acima, a Kin dorme embaixo da mesa, no centro da foto, em cima da cama, Tombinho descansa depois de um exaustivo dia correndo atrás de porcos e Leonardo toma um chimarrão e lê umas revistas antes da janta.
Na manhã seguinte acordei empolgada e louca para começar a cortar a grama com a minha super tesoura, mas minha empolgação com ela durou pouco mais de 1 hora, pois percebi que não ia muito longe com aquele "téc, téc" da tesoura.
Falei para o Leonardo que eu tinha sido burra, que ao invés de comprar uma tesoura, devíamos ter comprado uma roçadeira elétrica, pois eu não conseguia usar a roçadeira à gasolina do seu Egon e a máquina de cortar grama elétrica estava estragada então, valia a pena comprar uma roçadeira elétrica para deixar lá e manter a grama baixinha. Prontamente Leonardo atendeu meu pedido e voltamos até a cidade, Leonardo, Tombinho, Kin e eu, comprar um roçadeira elétrica. Agora sim, ninguém me segurava mais!
Amanhecer no Recanto.
Laranjas ainda verdes no pé me lembram a música que amo: "milho verde, feijão, laranjeira..."Final de tarde no Recanto.
Quem disse que um animalzinho cego não interage com a gente?
"Eu pego essa bolinha!"Kin procurando Leonardo no meio do mato.
Passei pela janela da cozinha e vi uma cena curiosa... tive que sair e fotografar.
Tombinho, Kin e Leonardo rolando na grama bem aparadinha, diga-se de passagem.:-D
Olhando assim, ninguém diz que é cega.
No primeiro dia de uso da roçadeira, acabei o dia moída, pois foi tudo o que fiz o dia todo: cortar a grama. Não consegui nem tricotar de noite e fui dormir antes das 21h, sem janta. No outro dia acordei bem e me atraquei na roçadeira de novo. No meio daquela grama alta, encontrei as mudinhas de Érica que eu havia plantado no ano passado e nem lembrava. E não é que elas estavam bonitas? Muitas coisas que plantamos no ano passado acabaram morrendo com a falta de chuva, mas as Éricas sobreviveram! Enquanto eu cortava a grama, Leonardo trabalhava no galpão. As Éricas ou Falsas Éricas.
Enquanto eu cortava a grama, Leonardo trabalhava no galpão. Plantamos uma mudinha de Jambolão, uma mudinha de Manacá de Cheiro e e outras três que não sabemos o nome. E também transplantamos um cinamomo de lugar. Ah, e uma mudinha de hortênsia na frente do Recanto, na "calçada". Apesar de praticamente, só ter cortado grama, o trabalho rendeu bastante. Também fizemos a estréia do triturador que Leonardo ganhou no concurso de fotografia. No último dia demos uma rápida remadinha no braço morto do rio e Leonardo treinou um pouco de rolamento aproveitando o dia quente. Fiquei encantada com os peixinhos na beira do rio e voltei a cantar a minha música do momento: "lambari cutucando no pé..."
Voltamos para Porto Alegre com vontade de ficar por lá. Tenho escutado muito a música "Pealo de Sangue", pois me identifico muito, inclusive na parte que diz que "meu sangue é colono". Eu amo Porto Alegre, mas amo uma vidinha caipira também! E a música tem tudo a ver com o Recanto. No final da postagem o vídeo com a música, que é bem antiguinha, mas que nunca sai de moda pra mim. Entardecer no Recanto.