No dia seguinte ao aniversário da Marina, Leonardo e eu tomamos café com a mãe, pai e tio Sérginho, que pegaram a estrada de volta para Porto Alegre em seguida, e fomos fazer uma caminhada pela praia e procurar as trilhas do morro entre a praia dos Ingleses e a praia do Santinho.
O tempo estava feinho, bem nublado e até friozinho. Saí de casaco, boné, protetor-solar e chimarrão!
Nós estávamos numa ponta da praia de Ingleses, a Ponta da Feiticeira, e caminhamos pela beira da praia até a outra ponta, a Ponta dos Ingleses, onde tem uma trilha no morro que liga a Praia dos Ingleses com a Praia do Santinho e no meio do caminho teria um mirante.
Tirei uma única foto da minha máquina fotográfica e a bateria foi-se! A primeira foto desta postagem e as últimas foram tiradas por mim e todas as demais são de autoria do Leonardo.
E lá fomos Leonardo e eu, caminhando e mateando calmamente.
No meio do caminho tem umas dunas enormes que vão até a beirinha do mar, deixam só uma trilhazinha para a caminhada, mas se a onda vem e se não estiver a fim de se molhar, deve-se subir na areia do cômoro.
Leonardo e eu resolvemos caminhar pelos cômoros em vez de ir pela beira da praia.
É um visual maravilhoso! Lá no fundo já é a praia do Santinho.
A essa altura do campeonato eu já havia tirado o casaco e amarrado na cintura, mas não tinha nada de sol ainda.
O vento estava fortíssimo em cima das dunas, não dava para abrir a boca que entrava areia.
Antes de chegar nos cômoros de areia, percebia-se algo no alto de um dos cômoros. Eu pensei que fosse um galho de árvore, ou uma sucata qualquer. Qual não foi a minha surpresa quando percebi que aquele pontinho eram dois cachorrinhos enroscadinhos no meio da areia, no meio do nada, cobertos de areia pelo corpo.
Não me aguentei e tive que ir até eles.
Ao me abaixar para conversar com eles, entrou areia nos meus olhos, boca, ouvido e o chimarrão, já era! Tudo cheio de areia! O vento tava impossível, fazendo a areia entrar por todos os poros!
Não consegui ver o sexo dos bichinhos. Um deles se levantou e chegou mais perto de mim, o outro sentou e ficou mais na dele, mas também aceitou o carinho que dei. Mas o vento e a areia estavam muito chatos, não deu pra ficar muito tempo ali.
Eles eram muito fofos, me lembraram muito as minhas Mitinga e Mutuca, duas cadelinhas que recolhi na Páscoa de 2008, em Porto Alegre. As duas já foram doadas! Se quiser ver a história delas, clica aqui .
Continuamos a caminhada mas fiquei com os cachorrinhos na cabeça, já com vontade de levar para casa. Fiquei pensando se eles teriam uma casa, uma família que cuide deles.
Bem ao lado dos cômoros tem umas casas, tipo uma colônia de pescadores, talvez eles fossem dali... e fiquei pensando... o que faz com que dois cãezinhos escolham areia e vento para descansar.
Logo depois das casinhas dos pescadores chegamos na ponta do morro onde tem a trilha e um museu.
Sim, um museu bem na praia, ao ar livre! Trata-se do museu de Oficinas Líticas da Praia dos Ingleses. Estas oficinas testemunham a ocupação primitiva na ilha de Santa Catarina através de pedras polidas.
No começo a trilha é bem evidente mas lá pelas tantas, aparecem bifurcações em alguns trechos e acabamos pegando a trilha errada.
Leonardo fotografando uma semente protegida por uma interessante e espinhenta vagem.
E eu esperando a sessão de fotos terminar.
Seguindo pela trilha errada...
...chegamos no fim da linha, ou melhor, no fim da trilha e não encontramos nenhum mirante e sim, um costão de pedras com uma vista maravilhosa!
Um homem fez a trilha quase junto com a gente, sentou um pouco para admirar a vista, trocamos algumas palavras sobre a trilha alternativa que seguimos e foi-se embora.
Leonardo e eu ficamos um tempinho ainda. Leonardo fazendo fotos e eu passando mais protetor solar, pois o sol estava aparecendo, e cuidando um casal que pescava no meio das pedras e parecia bastante incomodado com a nossa presença.
Leonardo em busca do melhor ângulo...
Enquanto eu admirava a paisagem e Leonardo fazia as fotos, um navio da Marinha passava perto dali.
Após a aparição do navio tratamos de pegar o caminho de volta, pois o sol resolveu aparecer com força total e a fome também dava os ares da graça.
Houveram algumas paradas para fotos no retorno também.
As dunas vistas do morro onde estávamos.
Voltamos direto pela beira da praia até que vimos uma cena muito interessante de uma gaivota e um pardal recebendo batatas-fritas de pessoas que almoçavam em uma restaurante. Da janela do restaurante, que ficava bem na beira da praia, elas jogavam pedaços de comida, principalmente batata-frita e os dois bichinhos, do lado de fora disputavam pedacinho por pedacinho.
Acabamos almoçando ali também.
Mais gaivotas chegaram para filar batata-frita. Leonardo e eu jogamos um pouco de arroz pela janela mas elas não aceitaram. Queriam batata-frita!
Ou o almoço estava muito bom ou a fome era muito grande!
E as gaivotas "pidonas" eram a sensação do restaurante!
Fome saciada voltamos caminhando pelo centrinho para o hotel. Chegando no lá, levei um susto ao me ver no espelho, pois havia tomado um torraço.
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