sexta-feira, 24 de maio de 2013

Novidades no Recanto - 22, 23 e 24 de janeiro de 2012

Nos primeiros dias de janeiro, Leonardo e eu ainda não tínhamos uma definição sobre o que fazer no Recanto. Além das dúvidas sobre o que seria melhor, a falta de recursos para tudo o que gostaríamos nos impedia de tomar uma decisão.
Enquanto isso, em Porto Alegre, meus pais faziam algumas pequenas reforminhas na casa deles, aproveitando a vinda do seu Ademar, um vizinho que foi quem construiu a casa dos meus pais, da minha irmã e a casa onde moro aqui em PoA. Velho conhecido da família e uma pessoa de confiança, seu Ademar passou o ano todo trabalhando em Florianópolis e agora dava um tempo por aqui. 
Uma das coisas que precisava ser feita no Recanto era o cercamento. Um lado só do terreno era cercado, nos fundos fica o rio e faltava cercar a frente e o outro lado. Eu queria colocar tela por causa da bicharada, pois não quero cachorro ou gato meu andando pela rua, por mais calma que ela seja. Sem contar, que precisamos estar sempre atentos com o Trumbico por lá, pois ele passa por baixo das cerquinhas de arames existentes e avança no vizinho, dentro do pátio do vizinho! 
Como o pai havia dito que daria a cerca para a gente, não pensei duas vezes e "roubei" o seu Ademar e o filho dele, o Leandro, das obras na casa do pai e da mãe e levei-os para Maquiné para cercar todo o Recanto.
Seu Ademar e Leandro desmanchando a cerquinha com arame farpado que tinha, para começar a fechar o terreno.
Como não tenho disponibilidade para ficar muitos dias no Recanto, precisava de alguém de confiança para ficar lá. Juntei o útil ao agradável, conversei com o pai e ele autorizou o roubo do pedreiro e não só bancou tudo como fez toda a pesquisa de preço de telas, postes e tudo mais que precisava. é um super-pai!!!
Leonardo e eu passamos os primeiros dias por lá também e seu Egon, o pai dele, veio da praia para nos ajudar.
Pai e filho pensando na vida.
Outras figurinhas presentes eram os gatinhos que abandonaram, ainda com o cordão umbilical, no portão da nossa casa em Porto Alegre. Já falei sobre eles aqui no blog. Durante todo o período de amamentação deles, onde eu ia, eles iam junto com mamadeira, bolsa de água quente e tudo mais que eles necessitavam. 
Silene Seagal e Babette

Procuramos por uma mãezinha de leite para eles mas não encontramos. Não é fácil criar bebês recém-nascidos, pois eles precisam muito do calor e dos cuidados que só uma mãe de verdade sabe dar. Eu cuidava deles tentando não criar muita expectativa que sobrevivessem para não me decepcionar demais depois, mas eles foram crescendo, abrindo os olhinhos, dando os primeiros passinhos, as primeiras tentativas de brincar...impossível não se apaixonar!
Bruninho, o único que já estava doado, foi escolhido ainda com os olhinhos fechados. A menina que o escolheu se chamava Bruna, por isso passamos a chamá-lo de Bruninho. Contamos para ela sobre o  "batizado" e ela adorou! Disse " então este vai ser o nome dele!" 
A esta altura do campeonato, eu só sabia que a tricolorzinha era fêmea e que o Bruninho era machinho. Não queria colocar nomes para não me apegar mais. Achei melhor manter esta "distância" e deixar que seus adotantes os batizassem.
Mas não tem como não chamar de alguma coisa então, o gatinho preto era o "Neguinho". Quanta originalidade...!
A tricolorzinha, por motivos óbvios, era "Tricolorzinha".
O Cruz!

E o quarto elemento era o menorzinho deles, mais feinho, estava quase sempre separado dos outros. Devido a sua beleza contrastante (tadinho!) passamos a chamá-lo de "Cruz" porque a reação de todos que o vinham era a mesma: "Cruz Credo, que bicho feio!" 
Tadinho do Cruz! Com certeza, se eles tivessem ficado com a mãe gata deles, o Cruz teria morrido nos primeiros dias, pois ele era muito menorzinho que os outros, que não dariam chance dele chegar na tetinha da mãe. Com a mamadeira não tem como não ser alimentado mas mesmo assim, era o que mamava em menor quantidade, o mais chatinho para pegar bem na mamadeira, o mais problemático e por isso, o patinho feio já era o meu favorito! Ops! O gatinho feinho! 
Voltando ao cercamento do Recanto, seu Ademar e Leandro trabalham pra valer, mesmo sob o sol escaldante do nosso verão. E o terreno também não ajudou muito, pois tem muita pedra. Com todas essas dificuldades, ficamos impressionados com a rapidez com que a cerca ia tomando forma.


Tombinho passeando pela frente do terreno, ainda sem a cerca nova, com sua bolinha de estimação.
O mato também estava alto, mais uma dificuldade para os nossos trabalhadores.
Quase todo o material veio de Porto Alegre, pois em Maquiné é tudo mais caro. Este último caminhão veio de Canoas com a tela e postes para a lateral do terreno.
Eu e Tombinho na carroceria do caminhão.
Mais um dia começando.
Hora do café da manhã. Detalhe da mãozinha segurando meu dedo!
Fazendo bolinhas de leite!
Enquanto eu me revezava entre gatinhos e almoço, Leonardo e o sogro começavam uma tarefa pra lá de especial!
Esta é a janelinha de uma peça meio morta da casinha, que por um bom tempo, Leonardo e eu chamávamos de despensa. Tentando melhorar algumas coisas sem gastar nada, tiramos a pia da cozinha, que ficava no meio da sala, e a colocamos nesta peça, a despensa que virou cozinha. 
A tal despensa era horrível! Só tinha um móvel tipo balcão de padaria, que é bem legal até, apesar dos cupins. O chão estava todo quebrado, cheio de desníveis e um canto da parede, onde encontra com a parede de material do banheiro, tinha um vão onde dava para ver a rua tranquilamente. 
Volta e meia, quando Leonardo ia no tanque e eu estava na cozinha, a gente se olhava pelo vão e dava um "oooooiiii!!!!!". Não sei se passaram cobras e lagartos pelo vão, mas lagartixas, pererecas, aranhas, ratos e muito mosquito eu tenho certeza que já passaram!
A ex-despensa vista do lado de dentro, se transformando em cozinha e ganhando uma janela nova!
Leonardo cortando a parede do lado de fora e o sogro segurando a janela e parte da parede do lado de dentro.
Tchãran!!!!!
A ex-despensa era uma peça muito escura, pois a janela era muito pequena. Agora, dá uma olhada no tanto de claridade que vai entrar ali!
Que beleza!
Que alegria!
Tá ficando com cara de cozinha! No cantinho esquerdo da foto, entre a parede de madeira e a de material, que é o banheiro, dá pra ver direitinho o tal vão. Fechar esta entrada era algo  que vínhamos pensando como fazer mas era uma tarefa um tanto complicada porque tinha um buraco no piso, um desnível que também precisaria ser corrigido antes de corrigir o vão. Deixemos essa função para um outro capítulo. Por hora, estamos felizes com o novo janelão da cozinha!

2 comentários:

  1. Esse recanto está ficando chique, linda sua cerca. A janela ficou muito bonita e deve ter dado muita iluminação ao ambiente. Adorei o Cruz, tadinho do bichinho. Também criei uns gatinho que a mãe morrei picada por uma cora aqui me casa, eles parece filho.
    Bjos e tenha um ótimo fim de semana.

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  2. Quanta história gostosa de ler!! E os gatinhos...muito fofos! Até o Cruz, de tão feio chega a ser engraçadinho...

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