terça-feira, 4 de junho de 2019

Bibi faria 15 aninhos hoje!

Esta é a Brigitte, carinhosamente apelidada por Bibi ou Paninho de Chão! :)
Há exatos 15 anos, encontrei a Brigitte no canteiro central da principal avenida de Alvorada, num dia de chuva. Alvorada é uma cidade da "grande Porto Alegre", região metropolitana, e a avenida tinha trânsito intenso. Na época, eu trabalhava lá e quando estava chegando no trabalho, vi aquele montinho de pelos encharcados e apavorado, dentro de uma poça d'água, no canteiro da avenida. 
Difícil saber como ela foi parar lá e mais ainda, como ficou estaqueada lá! 
Com medo que ela resolvesse atravessar, fui resgatá-la e, para a minha surpresa, ela tentou me morder. Consegui pegá-la e larguei-a dentro do carro, onde ficou a tarde toda. Quando dava uma folguinha, ia conferir se estava bem e ela não se mexeu a tarde toda! Ficou dormindo, encolhidinha no chão do carona. 
Chegando em casa, fui tirá-la do carro e tentou me morder de novo. Coloquei aquele monte de pelos cheio de nós, dentro de uma gaiola bem grande que eu tinha e lá ela ficou por quatro dias, rosnando pra mim cada vez que chegava para dar comida, trocar água, trocar os jornais... não tinha jeito daquela ferinha se render aos meus encantos. Na época, eu fazia parte de uma ong e fazíamos muitos resgates, e nunca tinha acontecido isso, de um bichinho ficar arisco por tanto tempo. Já estava desistindo, pensando em pedir ajuda a um veterinário amigo da ong, que era adestrador. Eis que, no dia seguinte, quando fui tratar a fera, ela abanou o rabinho para mim e virou a Bela! Mudou da água para o vinho! 
Eu tinha muitos animais e fiquei feliz porque ela era uma misturinha de poodle e seria fácil de doar afinal, muitos querem cães pequenos e de raça... e realmente, não demorou muito para aparecer um candidato e lá fomos nós, eu e uma amiga da ong, levar a moça para o novo lar. Entregamos ela para a moça e fomos embora. No dia seguinte, a moça ligou querendo devolver porque a Brigitte tentava morder o marido dela! rarararara
Eu e a mãe chegamos a conclusão que aquilo era um sinal de que não era para ela sair lá de casa. E ela ficou com a gente!
 Comigo, com os outros cães, com os gatos, com a mãe e...
... com o Leonardo! Ela era apaixonada pelo Leonardo!
A mãe dizia que ela era uma lady! Eu chamava de paninho de chão por causa dos pelos que cresciam muito e enchiam de nós com facilidade. 
Na maioria da vezes, eu que cortava o cabelinho dela, coitada!  
Olha os pelinhos na parte de baixo da boquinha dela, como estavam enrolados nesta foto.  
E ela gostava de ficar enrolada nas cobertas porque, apesar de ser bem peludinha, eles eram muito fininhos e ela sentia muito frio!
Leonardo, Tombinho, eu e Bibi no Natal de 2017, em Nova Petrópolis, quando ela já estava precisando de uma atenção especial.

Até hoje, não entendo muito bem, o por quê do comportamento tão agressivo (ou defensivo) dos primeiros dias! Será que foi tão maltratada para reagir daquela maneira? Porque aquela cachorrinha sumiu! Desapareceu por completo! Nunca mais vi a Brigitte braba com qualquer coisa! Ela não implicava com ninguém, nem cachorro, nem gato, nem ninguém! Era um doce!
Bibi se foi em janeiro! Meu paninho de chão amado! Obrigada! 

Um comentário:

  1. É difícil de lidar quando eles se vão. Minha Pretinha morreu em outubro do ano passado.

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