Postagem a ser concluída...
Dois dias depois de remar pelo poluído rio Gravataí saímos para mais uma aventura, desta vez pelas águas do rio/lago Guaíba. O dia estava tão frio quanto no domingo, remando pelo Gravataí, mas pelo menos, tinha sol. Saímos da praia de Ipanema, Germano, eu e Leonardo.
Só para variar um pouco, alguns cães nos fizeram companhia na saída. Um deles era tri-pé, provavelmente fora atropelado e teve a pata amputada. Fiquei feliz porque pareciam cães de rua, mas a amputação da pata e um lencinho no pescoço indicava que eram cuidados por alguém. Que bom se todos respeitassem os animais de rua desta forma.
A cadelinha era a mais faceira, parecia uma filhotona ainda. A filhotona e seu amigo tri-pé. A patinha amputada não tirou a alegria dele, assim como a do meu Pinheirinho.
Me despedi da cachorrada e entrei no Quindim Precioso, pronta para mais uma aventura molhada. Para dizer a verdade, não estava tão pronta assim. Depois do frio que passei no almoço da caiacada no Gravataí, remar em dias assim não é o que mais me anima, mas pelo menos tinha sol e um céu bem azul para esquentar um pouco. Na saída, pequenas ondas mostravam que encontraríamos ondas maiores no meio do Guaíba, pois a ideia era cruzar o rio até a cidade de Guaíba.
Como se não bastassem as ondas a me apavorar, apareceu um navio no canal de navegação. Estava longe ainda, mas já me assutei imaginando as ondas que ele mandaria para nós ou se ele não estivesse tão longe assim e acabássemos ficando muito perto dele.
O navio passou bem longe do Quindim e de Germano, já o Leonardo passou bem perto, pois estava bem mais à frente que nós.
Passado o susto com o navio, meu próximo desafio era atravessar o canal de navegação. Morro de medo que apareça uma embarcação bem na hora em que estou cruzando ali. Mas isso também não aconteceu e seguimos brigando só com as ondas mesmo. No começo, Germano e eu conseguimos ficar bem próximos um do outro, mas depois acabamos nos distanciando, pois tenho dificuldade para manter uma linha reta quando tem muita onda. Sempre brinco com Germano e Leonardo, que o Quindim Precioso tem problema de geometria.
Bóia indicando o canal de navegação.
Acabei me afastando um pouco mais do Germano.
O Leonardo se transformou num pontinho muito pequeno. Cheguei a perdê-lo de vista por um momento, mas logo achei de novo e tentei manter o Quindim na direção do pontinho que já se aproximava da costa.
Leonardo, o pontinho branco bem próximo da margem de Guaíba.
Assim que chegamos do outro lado do rio, resolvemos fazer um rápido pit-stop numa prainha para procurarmos banheiros. Ainda era muito cedo para o almoço então, seguimos mais adiante.
Leonardo e Germano sempre pesquisam o trajeto que pretendemos fazer e sabiam da existência de uma fazendo em uma praia logo em seguida. O nome do local é Itaponã, não sei se é fazenda Itaponã ou praia de Itaponã ou as duas coisas. Só sei que é uma belíssima praia, uma boa extensão de areia nas águas do Guaíba. Imagino que a grande maioria das pessoas, dos porto-alegrenses, não tenham ideia que existem belas prainhas no nosso tão amado e mal falado rio/lago Guaíba. Também não sei se é bom que saibam. Se esse descobrimento fosse para o bem, para evitar que se polua mais ainda o Guaíba, seria ótimo. Mas o mais provável, com a presença humana, é que se estrague o que ainda quase intacto.
Chegando em Itaponã.
A bela fazenda em Itaponã.
Resolvemos fazer nosso almoço naquela praia ensolarada. Com aquele frio, tudo o que precisávamos era sol. No verão vamos a procura de uma sombra e no inverno, muito sol!
Leonardo aportando.
Quindim aportado e Germano chegando!
Leonardo conferindo os dados no GPS.
Desta vez, Leonardo e eu levamos lanche frio (croissants, palitinhos de queijo,pão de queijo, etc), pois não tinha dado tempo de preparar alguma coisa na véspera.
Não demorou muito para a sombra começar a ocupar o espaço onde havia sol. O frio foi chegando e tratamos de arrumar as coisas para voltar.
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