sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Retornando a Porto Alegre
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Pedra do Urubu, Prainha e mais baleias!
Antes de começarmos a programação que havíamos feito para o domingo, Leonardo sugeriu um pulinho até o Costão da Guarda para ver se as baleias andavam por lá. Munidos de cuia de chimarrão, térmica, máquinas e Tombinho na mochila, começamos a caminhada.
Bem no começo da trilha, lembramos da conversa com o André no dia anterior, contando onde era o começo da trilha para subir até a Pedra do Urubú. Passamos por um local e ficamos imaginando se seria ali e Leonardo sugeriu que subissemos para averiguar. Achei melhor não subir, pois eu estava com cuia e térmica nas mãos, Leonardo com o tripé e filmadora numa mão e com Tombinho nas costas, mas Leonardo choramingou "ah...vamos subir só um pouquinho...", e lá fomos nós, só um pouquinho...
Trilha bem aberta no começo.
A trilha, que já tinha ficado um pouco íngreme antes de chegar na "pedrinha", virou uma escalada selvagem até a Pedra do Urubú. Tivemos que, literalmente, escalar a Pedra para chegar no seu topo. Eu já comecei a ficar nervosa pensando no caminho de volta, acho que descer é muito pior do que subir e minha preocupação era maior por causa do Tombinho, que estava se comportando muito bem até então, mas fiquei com medo que ele escorregasse da mochila numa dessas.
A subida foi bem lenta, pois havia muita gente e tinha que subir um de cada vez. Quem estava na fila, logo atrás de quem chega no topo, só ouvia as exclamações: "noooossa!!! Que loucura!! Que lindo!!" E realmente é de tirar o fôlego! A gente está dentro de uma trilha com mato fechado, só se vê verde e pedras para todos os lados, a última etapa é um paredão de pedra que para subir, é preciso usar um cipó, que são as raizes das plantas. Então, imagine-se segurando este cipó no meio do verde. Se olha para os cipós, para onde vamos apoiar os pés, e para cima, para ver onde vai a mão. Então, começa-se a ver o azul do céu e você vai subindo. Olha para o verde, para o cipó e o azul do céu e, de repente, se está em cima da pedra. Você levanta a corpo, levanta a cabeça dá de cara uma das paisagens mais lindas que se viu na vida. Por mais viajada que uma pessoa seja, tenho certeza que vai achar esta, uma das paisagens mais lindas. Pode-se fazer um giro de 360 graus e é beleza para todos os lados, a perder de vista. O Leonardo conseguiu registrar bem essa paisagem e postou algumas panorâmicas no blog dele, que valem à pena ser vistas. Para ver, clique aqui.
Não tem muito espaço para caminhar lá em cima, pois estamos em cima de pedras, e com mais umas vinte pessoas, fica mais difícil ainda. Eu não consegui curtir muito aquela beleza toda porque estava segurando o Tombinho e fiquei preocupada com aquela gurizada, que brinca, vai para um lado, vai para outro, chega bem na pontinha da pedra para olhar para baixo. Isso me dá um nervoso!!! Eles eram bem bacanas, conversamos bastante e todos eles gostaram muito do Tombinho, mas apesar de toda a simpatia deles e da vista marvilhosa lá de cima, eu estava louca para descer logo. E foi o que fizemos, começamos a descida antes deles.
A essa altura do campeonato, meu chimarrão já tinha despencado numa pedra então, coloquei tudo dentro da bolsa e tratei de ficar atrás do Leonardo para ajudá-lo com o tripé. Ele descia, eu alcançava o tripé pra ele e eu descia. E assim fomos até chegar na bifurcação, que André havia comentado que, se continuássemos a descer, saíriamos onde entramos e, se pegássemos a outra trilha, saíriamos na Prainha. E que Prainha!!!!
Lindas pedras!
Acho que estava na hora do almoço, pois não tinha quase ninguém nas pedras, só nós e mais um casal, que saiu em seguida. Não demorou para começar a chegar gente sem parar, como se a notícia tivesse corrido pela Guarda. Pudera! Só faltou as baleias cobrarem ingresso porque elas deram um show! É bonito de ver também, a empolgação das pessoas, de qualquer idade. "ali, ali" e apontavam. Daqui a pouco mais "ali, ali" e "óóoó!!! Que lindas!"
Há anos que eu queria ir à Imbituba ou Garopaba para ver as baleias, mas resolvemos ir para a Guarda, porque o André havia comentado que elas estavam por lá há semanas. Não nos arrependemos nem um pouquinho, pois nem precisamos de barco para enxergá-las.
Lá de cima da Pedra do Urubú, Leonardo comentou que as baleias mães não se alimentam durante este período em que estão ali. Elas chegam, principalmente no litoral centro-sul de Santa Catarina, para a temporada reprodutiva, ou seja, parir e amamentar seus filhotes. Pelo que sei, este período vai do final de agosto até outubro, sendo o auge em setembro.
Em Imbituba fica a sede do Projeto Baleia Franca. Vale a pena visitar o site e aprender mais sobre estes animais maravilhosos. Eu visitei e confirmei o que o Leonardo comentou, que "ao findar-se o verão, as baleias francas deixam as áreas de alimentação nas latitudes mais frias e "buscam as regiões costeiras onde se concentram para o acasalamento, a parição e a amamentação dos filhotes nascidos no ano subsequente à fecundação. Na costa do Brasil, tal área deve ter atingido em períodos históricos desde a divisa com o Uruguai, no Arroio Chuí até, pelo menos a Baía de Todos os Santos. Atualmente, a área de concentração restringe-se à Região Sul, com registros de alguns indivíduos efetuando-se, regularmente, ao longo do litoral Sudeste e em anos recentes no Bancos dos Abrolhos (BA) pela equipe de pesquisa da baleia Jubarte." Fonte: Projeto Baleia Franca
Essa semana mesmo, um tele-jornal nacional registrou uma baleia com seu filhote nas praias cariocas.
"estima-se que a gestação da espécie esteja em torno de 12 meses.";
"A maturidade sexual (do macho) é alcançada, aproximadamente aos 6 - 7 anos e estima-se que a fêmea tenha seu primeiro filhote aos 8 - 9 anos. Os filhotes nascem normalmente, entre junho e dezembro, já com cerca de 5 metros de comprimento e um peso entre 4 e 5 toneladas. Em média, as fêmeas conhecidas nas áreas de reprodução têm um filhote a cada 3 anos."
"Como em todos os grandes cetáceos, não se sabe ao certo a idade máxima alcançável pelas baleias francas" Não vou explicar aqui, como concluiram a idade delas porque tem a ver com a caça e não gosto nem um pouco disso, quem quiser saber, visite o site do Projeto, mas resumindo, acredita-se que podem chegar a 80 anos.
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